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Saúde financeira: veja os principais erros das pequenas empresas

Erros de planejamento e na gestão financeira são os principais responsáveis pelo fechamento de 60% das pequenas empresas com menos de cinco anos no país

O Brasil é um dos países mais empreendedores do mundo. Entre janeiro e novembro de 2025, foram 4,6 milhões de empresas abertas, uma alta de 19% em relação ao mesmo período do ano anterior. 97% deste total é de pequenos negócios, sendo 77% microempreendedores individuais. Os dados são da Agência Brasil.

Contudo, segundo o IBGE, 60% das empresas abertas no país não sobrevivem mais do que cinco anos, sendo a taxa de falência maior no comércio. A falta de capital é uma das causas, mas gestão deficiente e falta de planejamento estão também entre os motivos responsáveis pela estatística alta.

Logo, é fundamental que o empreendedor olhe para além das atividades comuns ao seu negócio e foque também na gestão financeira, no fluxo de caixa e na visão estratégica da empresa. A mudança de atitude em alguns pontos minimiza os riscos de recair nos erros mais comuns e, principalmente, na falência.

Principais erros do pequeno empresário

Um dos principais erros financeiros cometidos pelos pequenos empreendedores é misturar as finanças pessoais com as finanças da empresa. Isso cria uma grande confusão no caixa da empresa, levando o empreendedor a muitas vezes gastar o que não pode e prejudicando todo o planejamento financeiro.

O correto é manter duas contas separadas: uma conta PJ e outra para pessoa física. Além disso, estabelecer um salário mensal, isto é, um pró-labore, também é fundamental. A gestão deve ser feita a partir da conta empresarial, de onde sairá o dinheiro para os fornecedores e demais compromissos financeiros. Essa separação facilita a gestão, o que também permite um planejamento melhor.

Olho no fluxo de caixa

Acompanhar de perto o que entra e sai dessa conta é a definição de gestão de fluxo de caixa. A falta de conhecimento do que está sendo recebido e do que precisa ser pago resulta em falhas, como não ter dinheiro para pagar fornecedores, por exemplo, o que leva a endividamentos.

Precificação correta garante margem de lucro

Para garantir a lucratividade, é fundamental saber precificar os produtos ou serviços. O preço deve ser um equilíbrio delicado entre os custos, a percepção de valor pelo cliente e a expectativa de lucro. Olhar para o mercado é uma boa maneira de nortear os preços e adaptá-los para a realidade do próprio produto.

Monitorar o fluxo de caixa permite enxergar muitos dos problemas antes que se agravem. Entre eles, a baixa liquidez, a dinâmica do endividamento e a queda da margem de lucro. Ligar o alerta com antecedência permite uma correção de rota na maioria das vezes.

No mais, é importante buscar sempre por mais educação financeira. Aprender sobre fluxo de caixa, precificação e gestão financeira é essencial e sempre há mais assunto para estudar e absorver. Uma boa consultoria também pode ajudar a entender o problema quando já está instalado.